sexta-feira, 15 de julho de 2011

Para que serve uma relação? - Dr. Drauzio Varella

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?
"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom e merece ser desenvolvido.


Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.


Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.


Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.


Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.


Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.


Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.


Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Hoje abri meu álbum de formatura

Hoje abri meu álbum de formatura ...

Depois de ter levado mais um "fora" em entrevista de emprego (já perdi a conta de quantas fiz), estava triste, chateada e (porque não admitir?) desesperada. Sentia-me num labirinto em que a única saída havia sido fechada.
Cheguei ao ponto de achar que havia feito o curso errado e, talvez, o jornalismo não fosse a trajetória que deveria seguir. Quis jogar tudo para o alto. Procurei trabalho em outras áreas, fui vender artigos esportivos em uma loja (o que durou 10 dias). Eu estava completamente fora do rumo.
Até que, depois de chorar todas as lágrimas, abri meu álbum de formatura. E, então, puxei lá do fundo da alma todos os sonhos. Voltei aos 17 anos, e até antes, e lembrei porque escolhi o jornalismo ou porque, como dizem por aí, ele me escolheu. Eu sonhei, desejei, venci obstáculos, estudei e recebi meu diploma.
Revi nas fotos o meu sorriso. Vi meus olhos sorrirem. E gravei isso na mente. Eu amo as letras, as frases, as histórias. Eu amo a profissão que escolhi. E volto a admitir isso também.

Com tudo isso, ainda descobri o valor das fotografias. Elas servem para te lembrar de quem você é.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Medo do medo

Tem pessoas que tem medo do escuro, outras de fantasmas. Conheço gente com medo de aranha, cobra e sei lá mais o quê. E têm aquelas com medo de altura .... Tem gente com medo de todas essas coisas. Não importa do que se tem medo, o certo é que todos temos algum tipo de medo.
Não sei bem onde ou quando ouvi a seguinte frase: O pior medo é o de ter medo. E, desde então, às vezes essa frase volta a meus pensamentos. É certo, o maior de todos os medos, o mais difícil de ser enfrentado, é o medo de sentir medo.
Medo de escuro se enfrenta, nem que seja aos poucos. A pessoa se esforça para aprender a conviver com esse medo. Começa dormindo com a televisão ligada, depois deixa o abajour ou a luz do banheiro. Quando percebe pegou no sono no escuro.
O medo de bichos vai se curando, à medida que passa a conhecê-los melhor, quando se sabe que eles só atacarão caso sintam-se ameaçados. O medo de altura deve ser como do escuro, a pessoa deve se acostumar. Não sei bem, psicologia não faz parte do meu currículo.
O que me deixou refletindo mesmo é a história do medo de ter medo. Esse eu admito que muitas vezes tenho. É fato, esse medo te trava na vida. O medo do escuro te faz dormir de luz acesa. O medo de aranha te faz matá-la. O medo de altura te faz ficar longe de janelas. Mas, nenhum desses medos te faz perder uma oportunidade na vida.
Ninguém deixa de andar de avião por medo. Porém, o ser que tem medo de ter medo de subir num avião, nem compra a passagem. O ser que tem medo de ter medo de altura não pula no bung jump. O ser que tem medo de não conseguir fazer um trabalho, não vai nem começá-lo. O ser que tem medo de ter medo de conquistar alguém, nem vai chegar perto da pessoa que deseja. O ser que tem medo de ter medo ...., nem vai tentar.
Bom, depois de tentar me explicar tanto, continuo acreditando que o medo de ter medo é o pior dos medos. Complexo né?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Um caminho, uma direção

Tempão que não escrevo para o blog. Não é falta de vontade, nem de tempo. Foi falta de entusiasmo. Tô numa fase deprê. Lutei muito pra não cair de novo, como algum tempo atrás. Mas, foi inevitável. Lutei o quanto pude. Mas, começou a me incomodar o fato de estudar 6 anos e meio para um curso que, muito provavelmente, não se tornará uma carreira. Estudei por um sonho. E esse sonho tá morrendo, se apagando. E chegar nessa conclusão me arrasou.

Hoje, estou esperando a resposta de uma seleção para trabalhar na área. Que agora, nem sei se é o que eu quero. Já tô a tanto tempo buscando oportunidades que cheguei ao ponto de me arrepender da escolha que fiz.

E, depois de algumas coisas que ouvi por aí, o que vou fazer é procurar outros caminhos. O pior é que nem sei por onde começar. Classificados de jornais são as primeiras páginas que leio. Já tá me cansando.

Isso se deve a minha teimosia. Parabéns pra mim! Eu escolhi o curso porque sou teimosa ao extremo. Meu pai disse “Faz o que tu tem vontade, não vou dizer pra fazer isso ou aquilo. Mas tem certeza que vai fazer jornalismo?” Eu sabia que ele não acreditava muito e por isso mesmo fiz. Outras pessoas me diziam: “Faz letras. Tu te dá bem no português e é muito tímida pra fazer jornalismo.” Ah, era tudo que eu queria, ser contrariada.

Durante o curso, várias vezes meu pai me deu a entender que era melhor trocar. Pensei muito nisso antes dos dois primeiros anos de curso, mas não tinha ideia do que poderia fazer. E depois dos dois anos achei que não valeria a pena. Agora, não tenho vontade de começar outra graduação. Tá fora. Sem chances. Fiz uma pós, para ver se me levava para outros caminhos e fiquei na mesma.

Talvez, não seja o estudo que faça a diferença. Possivelmente, o que me falta é traçar um caminho. Só que ainda tá escuro, ainda procuro a luz no túnel. Preciso encontrar pelo menos a direção.....