quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Recomeçando

Hora de recomeçar, Ulizinha. Fazia um certo tempo que não parava para escrever sobre a primeira coisa que viesse na cabeça. Um tempo atrás era muito mais fácil de escrever, qualquer coisa que fosse. Teve uma fase em que tudo virava poesia, outra que tudo virava crônica e, por fim, uma em que todos os textos eram desabafos de uma alma cansada.
Lembro, sempre, de um professor que em sala de aula falou para seus alunos: “Se vocês escrevem poesias, parem de escrever. Caso contrário vocês não vão conseguir escrever textos jornalísticos.” E, por acaso, eu era um dos seres que ouvia essa besteira. Desgraçado!
Sofri horrores pra deixa de escrever as coisas que simplesmente fluiam na mente, para me concentrar somente nos textos tecnicamente montados. Sofri, mais ainda, vendo meus textos voltarem da correção dele cheio de “erros” e de mudanças. Ferre-se, infeliz professor!!!!
Hoje, na minha aula de pós, de Leitura e Produção Textual, tenho uma professora que “abre” mentes, libertando seus alunos da “lavagem cerebral” da escola, ou como ela mesma diz: “da bolha”. Ela, finalmente, me fez acreditar que o aluno não deve escrever pra agradar o professor, que o professor não sabe tudo e nem está perto de saber, que o professor deve instigar os alunos a escrever e não o contrário. Santa professora!
Então, depois de algum tempo, nem sei direito quanto, eu volto a escrever sobre o que tenho vontade. Um dia sobre o clima, no outro sobre sentimentos, comida, amizades, bobagens … Tudo que eu tiver direito. Estou ainda um pouco perdida, é difícil voltar a escrever. Porém, deve ser como andar de bicicleta. Uma vez que se faz, não se desaprende. Amém!