sexta-feira, 16 de março de 2012

Uma carta à vó

Oi vó!

Eu sei que não faz muito tempo que a senhora partiu, mas a saudade é grande e muitas vezes aperta demais o peito. Hoje, principalmente, por ser o dia que a senhora completaria 85 anos. Como diz o vô: Não deu tempo.
Eu sei que a senhora não queria partir porque haviam pessoas que ainda precisavam da sua presença (para não perder o juízo). Mas, fique tranquila, descanse, essas pessoas sobrevivem também ao caos desse mundo.
Aquela doença maldita te levou de nós tão rápido. Mesmo assim, nas suas falhas de memória, devido ao desgaste e fraqueza do corpo, nunca esqueceste de mim. Sempre soube que era eu quem chegava no seu quarto, sempre pronunciou meu nome. Sempre me reconheceu.
E isso foi importante pra mim. Foi assim que nos perdoamos. Nada grave!
Nos perdoamos das falhas que cometemos. Aquelas falhas que cometemos com todos que amamos, inclusive com nós mesmos. Coisas que fazem parte da vida, mas que jamais acabam com o amor.
Obrigada por fazer parte de nossas vidas, nos ensinar tantas coisas boas. E muito, muito, muito obrigada por dar um jeitinho de nos avisar que estas bem.

Te amamos.

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