quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ciúmes - Parte 1

Um texto em três partes ... ou não!

Meu professor de Oficina de Leitura e Produção Textual da Pós-graduação, Paulo Guedes, sempre cita um cara (eu esqueci o nome, dã!), que diz que a gente escreve melhor quando está com ódio. Eu não estou odiando ninguém, mas estou com uma raiva FDP e vou contar porque ...


Eu sou uma pessoa ciumenta e não é de hoje, nasci assim e possivelmente seja hereditário. Quando eu tinha uns 5, 6, 7 anos, meu pai jogava bola e eu ia junto, dizia para minha mãe que ia cuidar dele. E pode ter certeza, eu cuidava. Assistia o jogo todo, sabia o nome dos jogadores e tinha meus preferidos. Depois do jogo ficava esperando a cerveja, esperando a turma beber e sempre ganhava doces em troca da minha “paciência”. Não era ruim esperar, eu gostava. Sabia que iria ganhar um chiclete, uma bala e às vezes rolava até um chocolate ou algodão doce. Acompanhava o processo do início ao fim, menos no vestiário porque era impossível meu acesso lá, por motivos óbvios.

Uma vez meu pai pegou minha prima no colo e ela olhou para mim com cara de desafio. Eu sentei no colo do pai dela, abracei bem forte e chamei-o de “tio bonito”. Ela saiu do colo do meu pai com cara de quem ia me encher de tapas. Nunca mais ela veio com gracinha. Foi uma vingança bem cruel para uma menininha.

Cutuca uma pessoa ciumenta e o troco vem...


E só para constar, meu tio é chamado, até hoje, por toda a família, de "tio bonito". O apelido pegou.

Um comentário:

  1. já to curioso para ver as outras duas partes desse texto. To gostando das tuas produções da pós. tão bem melhores que as coisas que eu ando inventando na minha.

    bejo menina ciumenta
    t amo

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